sexta-feira, dezembro 28, 2007

Achei que não aguentava um dia.
Depois, pensei que não aguentava uma semana.

Agora sei que aguento uma vida.

sábado, dezembro 22, 2007

São quase 3 da manhã.

Estou bêbado de sono.
Ou pelo tanto que estudei?
Quem sabe até, pelas duas cervejas que tomei?

Isso não tem importância.
Ou tem importância?
Quem sabe até, seria até motivo de ignorância?

Pára tudo!

Acho que de tanto filosofar, meu cérebro sem embolou.
Neurônio se embola?
Quem sabe até ... rebola?

Não sei, só sei que o sono, o cansaço mental e essa cerveja gelada ...

Acho que hora de dormir. risos

quarta-feira, dezembro 19, 2007

"O que não me destroi me fortalece."

Friedrich Nietzsche

terça-feira, dezembro 18, 2007

Futuros Amantes (Chico Buarque)

Não se afobe, não, que nada é pra já
O amor não tem pressa, ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário, na posta-restante
Milênios, milênios no ar
E quem sabe, então o Rio será alguma cidade submersa
Os escafandristas virão explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas, sua alma, desvãos
Sábios em vão tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização
Não se afobe, não, que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você

E agora José?

A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?

domingo, dezembro 16, 2007

Por hoje: Pausa nos estudos e um pouco (bem pouco) de cerveja, pq ninguém é de ferro. hehehe

Hoje eu decidi escrever um pouco mais sobre mim.

Hoje eu decidi escrever um pouco mais sobre mim.

Um ser inóspito habita na minha mente, não tenho certeza de mais nada.
Infelizmente não consigo encontrar aquilo que mais procuro.
A esperança me corroe e se transforma ao se transformar em ansiedade.
Meu coração parece que vai sair pela boca, dois segundos antes dele explodir no meu peito.
Minha vida corre bem, meu trabalho também não está ruim, tenho estudado feito louco, um psicótico até. Porém, o verme que me devora de dentro pra fora ainda mora no meu peito.
Espero o que não sei se existe, existiu ou existirá. Dizem que o dia chegará, mas será que aguentarei esperar.

Venha logo, antes que eu enlouqueça.

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Quando acaba?

E quando você pensa que terminou.
Quando você pensa que está tudo pronto.
Quando você ainda acredita que tudo passou.

Nada acabou, você está no pico da montanha e ainda faltam 10.000 km de descida.

E quando você pensa que terminou.
Quando você pensa que está tudo pronto.
Quando você ainda acredita que tudo passou.

Não acabou, você está no pé de outra montanha e agora faltam mais 20.000 km até o outro lado.
E quando você pensa que terminou.
Quando você pensa que está tudo pronto.
Quando você ainda acredita que tudo passou.

Ainda não acabou, e agora, só Deus sabe o que está por vir.

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Leilão.

Não é possível generalizar, nem apontar. Mas você sente e vê a frustração estampada nos rostos pelos corredores.

Por mais que vise a si mesmo, não penso que isso seja errado. Existe um limite para tudo.

Você já viu gente a venda, em uma prateleira com uma boa decoração e uma placa “50% OFF”? Pois é? Tenho visto isso todo dia.

Compram-nos como bois, em lotes divididos.

Dividem os reprodutores, as vacas de ordenha e os bezerros. Assim feito, começam os lances.

Leilão para compradores que contratam os juízes do evento (um tanto quanto estranho, não?). Compram o que dá, com o dinheiro que querem. Quando não o conseguem no primeiro lance, não se estancam, partem para o laço. Procuram saber quais os mais baratos e os compram as unidades. Amarram neles um sino e soltam no meio do restante.

Começa o alarde e o cansaço.

Agora os bois ficam mais baratos, a cara fica péssima e seu o preço desce. Alguns resistem e se mostram fortes, outros não sem motivo, cedem ao cansaço.

Dá pra ver o sorriso do comprador olhando sua nova mercadoria. Um lote muito interessante, duns se pode ordenhar até a secura e outros futuramente vão para o abate.

Os mais resistentes ficarão até o final, com os preços mais altos ou até mesmo invendáveis. Estes serão o calo no pé do comprador, que sentirá a falta deles, porém sem demonstrar diante dos outros presentes, isso poderia ser fraqueza.

Agora resta saber, quantos dos bois resistirão ao leilão e quantos vão para o abate após o período de engorda.

sábado, dezembro 01, 2007

Canto a minha revolta.

Revolto-me com a ignorância de qualquer um, que se coloca como perfeito e certo em tudo que faz.
Revolto-me com o preço que nos dão, fazendo qualquer um se sentir como pacote ou paletó em ponta de estoque.
Revolto-me ao ver vocês, do seu estado de pequinês mostrando a todos o que não são.
Revolto-me com a desfaçatez do seu argumento dizendo: _ “O meu umbigo é o centro do mundo".

Mas hei de continuar lutando, gritando diante da sua cara.
Mas hei de não desistir até que o último de nós esteja de pé, mesmo que este último seja "eu".
Mas hei de olhar nos seus olhos e dizer que brigo não só por mim, mas por aquilo em que acredito ser honesto.
Mas hei de não me vender, não entregarei de bandeja aquilo que não me pertence.

Não tenho preço, tenho ideais e delas não me desfaço. Só assim vou conseguir deitar minha cabeça no travesseiro e dormir. Quem sabe até sonhar, com um mundo onde não nos queiram humilhar ou comprar.