quarta-feira, janeiro 24, 2007

A república de José

Conta a história que José Brasil, quando mais novo, era romântico e carinhoso como só. Mas não é bem assim que uma Aline, namorada de Carlos, seu antigo companheiro de república, o via.


O que de fato acontecera em uma tarde 10 anos atrás?


Carlos:

_ Fala meu caro! Essa semana eu tenho umas festas, e minha namorada desponta por essas bandas.


Probre José:

_ Nossa que bom! Que dia ela vem?


Carlos:

_ Que bom? Que nada! Ela vai vir me vigiar, mas é aí que você entra na jogada. Contei a Patrícia, uma das minhas novas namoradas, que ia para São Paulo a trabalho. Também recebi de presente de um amigo, alguns CD`s, que junto com os tickets de motel e os 2 pacotes de preservativos, gostaria que guardasse pra mim.


Prestativo José:

_ Claro, sem problema algum.


E no dia certo veio a tal namorada, coitada, apaixonada, possessiva e toda animada. Enquanto o seu namorado, atordoado, desanimado, apreensivo com sorriso forçado, pro Zé olhava. Passados os dias, chega a hora em que a visitante, nem tão animada, como forma de fazer o tempo correr, resolve ver a casa por fim, arrumada. No mesmo instante, a metros da casa em seu trabalho, o enrolado José trabalhando pensava:


_ Que mal pressentimento. Pode não ser nada, mas me encomoda. Alguma coisa pode estar errada.


Foi quando José recebe um telefonema:

_ Olá Zé!


Um "olá" daqueles que te deixa assustado. Como quando criança, sua mão chamava, assim que descobria seu jarro preferido no chão ou aquela calça linda, que ela te dera de natal também no chão e manchada.


_ Eu estou aqui arrumando o seu quarto ...


Nisso abateu-se sombrio silêncio.


Aline:

_ E não sei o que fazer com aquelas roupas alí no chão?


José diz o que fazer com as roupas e fica preocupado. Após outro sombrio silêncio eles desligam o telefone.

Ao chegar em casa após um dia de trabalho, o nosso companheiro Zé, abre a porta e econtra com a namorada do amigo. Ela o examina de cima a baixo com um olhar estranho e um sorriso amarelo.


Aline, em pensamentos profundos:

_ Nossa, seria esse rapaz um tarado? Por que com tantos daqueles videos e preservativos, ele não deve ser normal.

_ Quantos preservativos, uns 6?

_ Dez tickets de desconto pra motel, todos datados desse mês.

_ Tarado não, ele é um galinha ... Um gigolô. Só pode!

_ Ainda bem que meu namorado não é assim.

O José não reclama da hospitalidade da menina e vai pro seu quarto.

Olha a prateleira, com os tickets de motel organizados cronológicamente, ao lado as camisinhas separadas por cor e os filmes eróticos de seu amigo Carlos, todos catalogados por gênero.

2 comentários:

Anônimo disse...

Coitado do senhor José Brasil, esse gigolô por acidente...

Anônimo disse...

ah...
como disse o amigo ai em cima, coitado do Zé neh! heheheheheh