segunda-feira, dezembro 03, 2007

Leilão.

Não é possível generalizar, nem apontar. Mas você sente e vê a frustração estampada nos rostos pelos corredores.

Por mais que vise a si mesmo, não penso que isso seja errado. Existe um limite para tudo.

Você já viu gente a venda, em uma prateleira com uma boa decoração e uma placa “50% OFF”? Pois é? Tenho visto isso todo dia.

Compram-nos como bois, em lotes divididos.

Dividem os reprodutores, as vacas de ordenha e os bezerros. Assim feito, começam os lances.

Leilão para compradores que contratam os juízes do evento (um tanto quanto estranho, não?). Compram o que dá, com o dinheiro que querem. Quando não o conseguem no primeiro lance, não se estancam, partem para o laço. Procuram saber quais os mais baratos e os compram as unidades. Amarram neles um sino e soltam no meio do restante.

Começa o alarde e o cansaço.

Agora os bois ficam mais baratos, a cara fica péssima e seu o preço desce. Alguns resistem e se mostram fortes, outros não sem motivo, cedem ao cansaço.

Dá pra ver o sorriso do comprador olhando sua nova mercadoria. Um lote muito interessante, duns se pode ordenhar até a secura e outros futuramente vão para o abate.

Os mais resistentes ficarão até o final, com os preços mais altos ou até mesmo invendáveis. Estes serão o calo no pé do comprador, que sentirá a falta deles, porém sem demonstrar diante dos outros presentes, isso poderia ser fraqueza.

Agora resta saber, quantos dos bois resistirão ao leilão e quantos vão para o abate após o período de engorda.

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